A linguística de texto surgiu na
década de 1960. Desenvolveu-se rapidamente e em várias direções, seguindo um
princípio básico: o texto é uma unidade linguística hierarquicamente superior à
frase. E uma certeza: a gramática de frase não dá conta do texto.
É de interesse uma análise sistemática do que seja e como se faz linguística de texto, pois ela é uma das linhas de pesquisa mais promissoras da linguística atual. Os resultados existentes, mesmo não sendo definitivos, são muito animadores, especialmente pelas perspectivas de revitalização teórica que oferecem à linguística e pelas soluções que poderão propiciar ao estudo da comunicação humana e ao ensino de línguas. O falante se comunica através de textos e não de frases, não importando se essa comunicação se processa através de textos muito extensos (livros, artigos) ou de textos bem curtos (bilhete, participação de nascimento, anúncio de classificados).
No entanto, essa afirmação, aparentemente despretensiosa e simples, requereu estudos sérios, pesquisas sistemáticas e uma grande dose de coragem para romper com princípios linguísticos cristalizados. E é aqui que surge a expressiva importância do professor Luiz Antônio Marcuschi, que publicou no Brasil a obra marco da linguística textual. Dessa obra decorreram inúmeros estudos, discussões, outras obras e — o que é mais surpreendente — uma reflexão seguida de uma mudança histórica no processo do ensinar e aprender língua.
Impossível a quem queira percorrer os caminhos dessa ciência desconhecer a obra do mestre Marcuschi.
É de interesse uma análise sistemática do que seja e como se faz linguística de texto, pois ela é uma das linhas de pesquisa mais promissoras da linguística atual. Os resultados existentes, mesmo não sendo definitivos, são muito animadores, especialmente pelas perspectivas de revitalização teórica que oferecem à linguística e pelas soluções que poderão propiciar ao estudo da comunicação humana e ao ensino de línguas. O falante se comunica através de textos e não de frases, não importando se essa comunicação se processa através de textos muito extensos (livros, artigos) ou de textos bem curtos (bilhete, participação de nascimento, anúncio de classificados).
No entanto, essa afirmação, aparentemente despretensiosa e simples, requereu estudos sérios, pesquisas sistemáticas e uma grande dose de coragem para romper com princípios linguísticos cristalizados. E é aqui que surge a expressiva importância do professor Luiz Antônio Marcuschi, que publicou no Brasil a obra marco da linguística textual. Dessa obra decorreram inúmeros estudos, discussões, outras obras e — o que é mais surpreendente — uma reflexão seguida de uma mudança histórica no processo do ensinar e aprender língua.
Impossível a quem queira percorrer os caminhos dessa ciência desconhecer a obra do mestre Marcuschi.
Luiz Antônio Marcuschi
Luiz Antônio Marcuschi é doutor em filosofia da linguagem (1976) e
pós-doutor em questões de oralidade e escrita (1987). É professor titular em
linguística do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco. Na
UFPE, criou o Núcleo de Estudos Linguísticos da Fala e Escrita (NELFE). É
pesquisador IA do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
e foi, por várias vezes, representante de área tanto no CNPq quanto na CAPES.
Foi um dos fundadores da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Letras e Linguística (ANPOLL) e seu presidente de 1988 a 1990. Tem várias
publicações, muitas delas explorando temas pioneiros na área da linguística. É autor
dos livros Análise da conversação; Da
fala para a escrita: atividades de retextualização; Fenômenos da linguagem:
reflexões semânticas e discursivas; Cognição, linguagem e práticas interacionais e
colaborou nas seguintes obras (dentre outras):Conversas com linguistas; Gêneros textuais e
ensino; Hipertexto e gêneros digitais.
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